quinta-feira, 28 de julho de 2011

The Big C, a obra-prima do Showtime

Cathy tem uma vida pacata. Professora do ensino médio, um marido devotado, um filho sem problemas. A vida está nos trilhos. O que poderia deixar tudo de pernas para o ar? A resposta é uma palavra que começa com c.

The Big C é um show produzido pelo Showtime e conta a vida de Cathy e sua luta contra o câncer. É protagonizada pela excelente Laura Linney, conhecida dos brasileiros como o par romântico de Rodrigo Santoro em Simplesmente Amor. O elenco também conta com Oliver Platt e Cynthia Nixon, de Sex and the city. A série é transmitida no Brasil pela HBO.

Ao descobrir que tem câncer, melanoma, estágio quatro, Cathy decide mudar sua vida, fazendo as escolhas mais diferentes possíveis, incluindo colocar o marido para fora de casa, ter um caso, comprar um carro e tantas outras ações mais, desde que signifique mudança. Por não ter contado nada sobre sua doença, conta apenas com o consolo de seu médico e da vizinha mal-humorada, Marlene, que acabou descobrindo o câncer. Justamente por não ter compartilhado com ninguém a descoberta da doença, ela é incompreendida, tanto pelo marido bem como filho e pelo irmão bipolar.

O final da primeira temporada é um dos episódios mais lindos e emocionantes que já vi em um show, quando ela decide não carregar mais o fardo sozinha, e decide que quer lutar, que quer viver e que não vai mais ficar perdendo o tempo que ainda tem.

A segunda temporada estreou em junho nos Estados Unidos e está focando no tratamento de Cathy e em como isso está afetando sua família. The Big C não trata o tema câncer de forma pesada e Linney parece feita para o papel. Não posso me esquecer de falar de John Benjamin Hickey, que interpreta Sean, o irmão bipolar de Cathy. A impressão que se tem é que Sean, com suas mudanças de humor, personifica toda a reviravolta na vida de Cathy. E Hickey faz deliciosamente o papel de neurótico paranóico, que se envolve com a velha amiga de cathy, a desmiolada Rebecca.

The Big C é engraçada, triste, doce, conflituosa. Assim como a vida. Com câncer ou não.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Dexter, do Showtime

O Showtime é um canal pago americano que tem primado pela qualidade dos shows produzidos, assim como a HBO. Para mim, uma série ser veiculada pelo canal é garantia de qualidade. Nesse clima de amor ao Showtime, vou começar a falar um pouco sobre as séries do canal que estou perdidamente apaixonada. E hoje vou começar pelo meu serial killer favorito.

Dexter é uma série estrelada por Michael C. Hall, que atuou anteriormente em A Sete Palmos, e conta a história de Dexter Morgan, um perito forense, expert em sangue, que é um serial killer. Mas Dexter não é um serial killer qualquer. Sua transformação em assassino começa na infância, quando é adotado pelo policial Harry Morgan, depois de passar por uma tragédia na infância. O pai adotivo começa a ver em Dexter uma criança diferente, que mata animais, e percebe que o filho não é normal. Tentando apaziguar esse "passageiro sombrio" do filho, começa a levá-lo para caçar, mas não é o suficiente. Quando Harry percebe que o filho logo se tornará um assassino, decide ensiná-lo como matar, como se livrar de evidências e estabelece um código: Dexter só pode matar quem mereça.

Na delegacia de Miami, onde trabalha ao lado de sua irmã, Debra, Dex tenta equilibrar o trabalho com a necessidade de manipular evidências, tanto para cobrir crimes que cometeu bem como deixar algumas pessoas livres da lei para que possam enfrentar o tribunal dele, onde é júri, juiz e carrasco. Vemos a luta de Dexter para lidar com esse "passageiro sombrio", como ele mesmo o denomina, suas investigações sobre as futuras "vítimas" de sua justiça, e sua busca por uma vida normal. Dexter, mais do que tudo, deseja ser normal,  deseja amar e ser amado.

É uma série diferente de todas do gênero e cada temporada parece ser melhor que a anterior. Cada temporada envolve um problema específico com o qual Dexter precisa lidar. A quinta temporada conta com as presenças de Julia Stiles, de O Sorriso de Monalisa, e Jony Lee Miller, da cancelada Eli Stone. No Brasil, a série é transmitida pelo canal pago FX e está na quinta temporada. Nos Estados Unidos, a sexta temporada estréia dia 27 de setembro.

Esperemos pela justiça de Dexter.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A batalha do Apocalipse, de Eduardo Spohr

No início do ano participei do "inesquivável" amigo secreto de ano-novo da minha família, e como sempre, ganhei um livro. É o presente que ganho em qualquer ocasião que mereça presente: aniversário, dia das mães, natal... amigos secretos não poderiam fugir da tradição. É a melhor escolha que alguém pode fazer quando se trata da minha pessoa. Então, como eu disse, ganhei um livro. Quando eu vi o título, eu desanimei. Sou evangélica, mas os livros evangélicos que li não foram lá muito bons de ler, então quando vi "A Batalha do Apocalipse", não minto, desanimei. Mas leitora como sou, não recuso um livro na mão e comecei a lê-lo. Que surpresa maravilhosa!

Eduardo Spohr criou um mundo fantástico, com anjos, demônios, feiticeiras, harpias e arcanjos. Ablon é o personagem principal da trama, um anjo dito renegado, que se insurgiu contra o arcanjo Miguel e foi traído por Lúcifer, que ainda era arcanjo antes de ser expulso do Céu.  A história não se situa em apenas um lugar ou em uma época, acompanhamos as peregrinações de Ablon ao longo dos séculos, bem como a sua constante mudança pelos continentes.

Outra personagem digna de atenção é Shamira, a feiticeira. Aliada de Ablon e apaixonada por ele, é em Shamira que Ablon encontra amizade, conquistada quando ele a salvou da morte certa. É ela quem o ajuda em seus problemas, tanto com os arcanjos quanto com os demônios, e por isso mesmo, se torna o ponto fraco de Ablon.

Spohr utiliza na narrativa alguns conceitos religiosos como o nascimento de Jesus Cristo e lhes dá nova roupagem ao mudar os fatos, pelo menos como estão descritos na Bíblia, mas parece não ter recebido da igreja católica o mesmo tratamento que Dan Brown recebeu ao escrever O Código da Vinci. Um outro ponto que poderia levantar questionamentos é o retrato de alguns anjos como ruins, como Apolion, e alguns demônios bons, como Orion e Amael.

Para lá da questão religiosa, A Batalha do Apocalipse é um livro magnífico, que prende o leitor do início ao fim. Não tem um capítulo, ou melhor, uma folha sequer que seja apenas para aumentar volume. É um livro que merece, com certeza, adaptação para o cinema. E é aqui nesse ponto que podem se zangar comigo, mas A Batalha do Apocalipse merece uma adaptação americana, pois o livro possui muitas cenas de ação com efeitos especiais, o que ainda não vimos no cinema brasileiro.

domingo, 24 de julho de 2011

O maravilhoso mundo de Alan Moore

Eu sou uma fã de quadrinhos. Amo Homem-Aranha, Hulk, Demolidor, X-men, Wolverine, e segundo o meu pai, aos três anos eu acordava no meio da noite chorando e quando ele perguntava o porquê do meu choro, eu respondia: "-pai, eu amo o Fátima" ( eu não conseguia falar Batman na época rs....).

Uns dos meus quadrinhos favoritos são escritos pelo britânico Alan Moore, escritor genial e genioso, crítico ferrenho dos quadrinhos americanos, responsável por obras- primas da nona arte como Watchmen, V de vingança e A liga extraordinária. Todos esses foram adaptados para o cinema, e apenas os dois primeiros fazem jus aos quadrinhos. A liga extraordinária foi um  filme ridículo, que nem a presença de Sean Connery conseguiu salvar.

Watchmen é composto por 12 revistas, que posteriormente foram condensadas em três volumes, e conta a história de super heróis que foram obrigados a deixar de ser heróis, com a exceção do Dr. Manhattan, que continua a trabalhar para o governo americano. A história começa com o assassinato de um ex-herói, o Comediante, e faz com que Rorschach, outro ex-herói, comece a investigar e visitar antigos companheiros como o Coruja, Ozymandias e Espectral. Enquanto isso o mundo vive um clima de guerra mundial iminente.

Enquanto a história vai sendo contada no presente, logo somos levados a vários flashbacks, principalmente com o Comediante. Além dessas voltas ao passado, temos dois personagens secundários, o velho da banca de revista e um rapazinho que lê livros encostados na banca. Em determinados momentos de Watchmen, começamos a ler a história que o rapaz está lendo. É a história dentro da história.

Watchmen é o único quadrinho que figura na lista dos 100 romaces mais importantes do século XX, realizada pela revista Time. É a história de super-herói que mais os mostra como humanos e menos como super-heróis. Os personagens experimentam impotência, amor, desejo, raiva, egoísmo, como todo ser humano. São bem caracterizados, cheios de falhas, imperfeições e ideais.

Meu personagem favorito é o Rorschach. Em um momento da trama, o Coruja e a Espectral estão jantando e conversando sobre os velhos tempos e se recordam de um vilão masoquista que haviam combatido. Rindo, lembraram de como ele pediu para machucá-lo. Aí a Espectral pergunta: "o que será que aconteceu com ele?", e o Coruja responde: "ele tentou isso com o Rorschach e ele o jogou no poço do elevador". 

Rorschach é considerado alguém mentalmente instável, no entanto é o personagem mais consistente, o que não tem dúvidas sobre o que é certo e errado. É o único que sabe exatamente quem ele é e se sente muito bem com isso. Em um mundo conflituoso e com tantas crises de identidade, talvez seja essa certeza que o faz parecer louco.

Watchmen retrata uma sociedade inerte, que deixa para os governantes todas as decisões, e temerosa, pois ao dar a esses governantes todo o poder, dão o controle de suas vidas, de seus direitos e deveres. Lembra alguma coisa?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Maus, um retrato do Holocausto em quadrinhos

É difícil escrever sobre Maus, tanto por causa da genialidade do quadrinho como pela dor presente na narração. Art Spiegelman, judeu americano e ex-editor da revista New Yorker, retratou em quadrinhos a vida de seu pai, Vladek Spiegelman, durante a Segunda guerra mundial. A história vai nos mostrando Art conversando com seu pai, e depois começa a colocar as memórias de Vladek em primeiro plano. 

Spiegelman retratou os judeus como ratos, os poloneses como porcos e os alemães como gatos. Em  determinado momento da história, Vladek conta que fingia ser polonês e vemos no quadrinho o rato Vladek usando uma máscara de porco. Vemos todo o sofrimento de Vladek durante o Holocausto, a fome, o roubo de suas posses pelos alemães, os maus tratos dos poloneses, sua vida em Auschwitz. Art vai intercalando na história seu relacionamento com seu pai, o suicídio de sua mãe, a morte do irmão que  nunca conheceu.

Maus é arte, é genial, mas é de uma tristeza gritante. O fato de a história de Vladek ser contada em quadrinho aliado ao artifício alegórico de mostrar as pessoas como animais não o faz uma leitura mais leve, mas entendo a escolha, é mais fácil ver rato morto do que pessoas mortas. Spiegelman coloca em seu trabalho a dificuldade de seu relacionamento com o pai e até de entender a dimensão de tudo o que Vladek passou. E se para um filho de um sobrevivente do Holocausto é difícil dimensionar a dor pelo qual o pai passou, para todos nós torna-se praticamente impossível.

Essa é uma leitura que deveria ser obrigatória no Ensino Médio, em todos os países. Devemos lembrar do que aconteceu, para nunca mais permitirmos que aconteça novamente.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A Guerra dos Tronos e Game of Thrones

A guerra dos Tronos é um livro de George R. R. Martin, transformado em série pela HBO, com o nome Game of Thrones. O livro conta a história dos Stark, uma família honrada que vive no Norte, em Winterfell, e servem a Robert, rei dos Sete Reinos. O lema dos Stark, que já virou febre na internet, é "Winter is coming", ou "O inverno está para chegar". A narrativa é perfeita, com personagens ricos e bem caracterizados, alguns dos quais a gente odeia ou ama assim que começa a ler. Cada capítulo do livro recebe o nome de um personagem, e com exceção da família Stark, apenas o anão Tyrion Lannister e a princesa Daenarys recebem capítulos. Curiosamente, o filho mais velho dos Stark não tem capítulos próprios.

Eu li o livro depois de assistir à série, que também é perfeita, inclusive, em determinados momentos, a série é melhor que o livro. Uma dessas passagens é quando Eddard mata a loba Lady e o filho dele acorda imediatamente, o que não ocorre no livro. Outra passagem da série, que na minha humilde opinião ficou muito melhor do que a opção dada pelo livro, é quando Catelyn Stark diz ao filho: "Primeiro recuperamos suas irmãs, depois matamos todos". A Catelyn do livro quer a paz.

Mas a série também peca em relação ao livro, ao mostrar o irmão do Rei Robert, Renly Baratheon, como homossexual. Em todo o livro nem se ventila a hipótese, e mesmo em A Fúria dos Reis, o segundo livro da saga, não se comenta o assunto, pelo menos até onde eu o li, não.

Não sei como me sentiria se tivesse lido o livro antes, tendo a não gostar de adaptações para a tv. Fiquei muito chateada com algumas adaptações dos meus heróis favoritos para o cinema. Mas depois de ler o livro, ao lembrar da série, vejo como a HBO foi feliz na adaptação do roteiro e na escolha dos atores. Maise Williams, que interpreta Arya Stark, é ótima e Sean Bean está magnífico como Eddard Stark e não há elogio suficiente para Peter Dinklage como Tyrion Lannister (aqui gosto mais do Tyrion da HBO que o do livro).

Seja a série ou o livro, a certeza é de que essa história é uma das melhores ficções da atualidade, de uma riqueza impressionante, sem dever nada a O Senhor dos Anéis. Não perca a oportunidade de conhecer Game o Thrones e A guerra dos tronos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Falling Skies, a nova série da TNT

Depois de Lost, com exceção da maravilhosa Fringe, as séries do gênero ficção não tem se firmado no mercado americano. Isso aconteceu com excelentes shows como Flashforward, da ABC, e Heroes e The Event, ambas da NBC, que foram canceladas por causa da audiência. O que ocorre é que a disputa entre as grandes redes de tv aberta dos Estados Unidos é tão acirrada que séries com quatro milhões de telespectadores são consideradas fiascos. Já essa audiência é celebrada quando se trata  de shows veiculados pelas redes de tv pagas. Para a nossa sorte, Falling Skies é um desses shows.

Falling Skies é a nova série da TNT, aqui veiculada também pelo canal pago Space. A trama gira em torno de um grupo de sobreviventes de uma invasão alienígena na Terra, que matam os adultos e escravizam as crianças. É estrelada por Noah Wyle, o Dr. Carter de E.R, que interpreta Tom Mason, um professor de história que se vê transformado em combatente devido às circunstâncias e ainda precisa lidar com a paternidade, cuidando de seus três filhos.

A TNT colocou um stand na Comic Con, em San Diego, para a divulgação do show, já que o evento é referência para o gênero ficção e seus fãs, pricipalmente os engajados em comentar o estilo na blogosfera. Falling Skies tem mantido uma audiência média de 4,2 milhões de telespectadores e conta com nomes de peso. Sua produção executiva é de Steven Spielberg, conhecido entusiasta da temática alienígena, diretor dos famosos E.T., o extra-terrestre e Contatos imediatos de terceiro grau. Mas dessa vez os aliens não são bonzinhos.

Adeus a Harry Potter

Bem, eu estava me fazendo de durona, que todo o lance de fim do Harry Potter não me afetava. Mas vi esse vídeo e não me segurei, chorei igual criança. A verdade é que Harry foi mágico para mim, me ajudou em momentos difíceis da minha vida. Me lembro em especial de uma vez em que reli Harry Potter e a Ordem da Fênix em um acampamento... teria sido embaraçoso sem o livro lá para me ajudar.

Descobri Harry Potter em 2000, já com 22 anos, e me lembro perfeitamente do momento em que me apaixonei pelo livro, quando a professora Minerva está transformada em gato, lendo a placa na rua e o Tio Valter passa no carro, dizendo que deve estar doido pois é impossível um gato ler.

Acredito que J.K. Rowland criou esse mundo fantasioso justamente para nos esquecermos desse aqui, em que realmente somos o que o livro nos chama. Somos trouxas. 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Trilogia Millenium - A rainha do castelo de ar

E, por fim, o último livro da trilogia Millenium. A rainha do castelo de ar continua  a história iniciada no segundo livro, A menina que brincava com fogo. Em A rainha, Stieg Larsson pintou um cenário que faria a festa de qualquer fã de teorias da conspiração. Uma seção da polícia secreta sueca tenta manter um segredo que crêem ser caso de segurança nacional. Para isso farão o que for preciso, custe o que custar. E isso inclui manter Lisbeth Salander como paciente psiquiátrica para o resto da vida. Mikael Blonkvist, que tem uma dívida eterna com Salander, decide ajudá-la, auxiliado por sua irmã Anika e os repórteres da revista Millenium. 

O terceiro livro é, na minha opinião, o mais fraco dos três, mas ainda assim é uma leitura agradável. Há partes dispensáveis na trama e outras que poderiam ter sido melhor exploradas, como o desfecho entre Lisbeth e o meio irmão Ronald. Mas no final das contas, recomendo o livro. Lisbeth é a personagem feminina mais complicada, esquisita e adorável que conheço e faz valer a pena cada linha lida.

Quem decidir ler a trilogia pode até pensar que o personagem principal dos livros é o Mikael Blonkvist. E Stieg Larsson pode até ter pensado nisso ao escrevê-los (desconfio bastante que Larsson se veja em Blonkvist), mas criou uma personagem tão forte, que para mim, Lisbeth é a única personagem principal, os outros são coadjuvantes.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Trilogia Millenium - A menina que brincava com fogo

Entre os livros da trilogia, é o meu preferido. Aqui, me rendi  aos "encantos" de Lisbeth Salander, e me atrevo a dizer que o Mikael Blomkvist é um personagem secundário deixando Salander no centro da história.
A história gira em torno do assassinato de duas pessoas, uma delas um jornalista freelancer que investigava o comércio de tráfico sexual na Suécia, e que ia publicar um livro pela Editora Millenium, de Blonkvist. Lisbeth, que ao hackear o computador de Mikael encontra um nome que faz parte do seu passado e ao se encontrar com o jornalista, acaba se tornando a principal suspeita dos assassinatos.
A narrativa nos leva a conhecer mais a personagem de Lisbeth Salander, e encontramos respostas a questões levantadas ainda no primeiro livro. A menina que brincava com fogo é mais interessante que o Os homens que amavam as mulheres. A história é melhor contada, tem mais ação, os personagens secundários são também mais interessantes.

Se há algo que posso falar contra o livro é apenas a comprovada necessidade do Stieg Larsson de misturar uma história inteligente com um segundo plano sexual chulo à la Harold Robbins.

Trilogia Millenium - Os homens que não amavam as mulheres

Conheci a trilogia Millenium em 2009, quando adquiri o primeiro livro, Os homens que não amavam as mulheres. Confesso que o título me atraiu mais do que qualquer outra coisa e por isso o comprei. Quando comecei a ler, encontrei aí uma grata surpresa.
A história do livro gira em torno da vida de Mikael Blomkvist, um jornalista brilhante passando por problemas profissionais. Para fugir dos problemas, ele aceita o convite de um grande empresário, que o contrata para solucionar o desaparecimento de sua sobrinha, décadas atrás. Refugiado em uma cidadezinha da Suécia, Blomkvist se vê em meio a uma história aterradora, cheia de intrigas, sexo e assassinato. Em busca da verdade, recebe o auxílio de Lisbeth Salander, uma estranha mas competente pesquisadora, que o ajuda a desvendar o mistério que cerca os Vangier, uma família poderosa da indústria Sueca.
Stieg Larsson escreve para adultos, seus personagens são amorais, não existe preto e branco, tudo é visto em tons de cinza. Se é comum termos um personagem preferido em um livro, confesso que não consegui encontrar um em Os homens que amavam as mulheres, mas a narrativa é tão envolvente que não consegui abandonar o livro. Excelente leitura, que me fez querer ver o desenrolar da história de Blomkvist e Salander, nos livros A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de ar, que serão tratados em próximos posts.

domingo, 17 de julho de 2011

Saudades...

Ontem, completamente à toa navegando pela net, clicando em links que davam em outros links, achei um blog chamado Criando Testrálios. Bateu uma saudade tão grande de mim mesma. Da minha versão de alguns anos atrás, ingênua, esperançosa e incrivelmente otimista. Aquela que chorava em todo filme bobinho.
Que chorou uma semana quando viu que o Frodo deixou o Sam no Condado e foi para o mar com os elfos. Que chorou quase um mês quando o Dumbledore morreu.

Sinto saudades de mim mesma. Vem agora na minha mente a letra de Mad World, do Gary Jules: "... and I find it kind of funny, I find it kind of sad, the dreams in wich I'm dying are the best I've ever had...".